Objetivo
Examinamos aspectos centrais de duas medidas de resultados para disfunção social e características, a Escala de Responsividade Social, Segunda Edição (ERS‐2) e o Sistema de Melhora em Habilidades Sociais – Escalas de Pontuação (SMHS‐EP), em crianças com neurofibromatose tipo 1 (NF1). O objetivo do estudo foi oferecer evidência objetiva sobre qual alvo comportamental deve ser usado em estudos clínicos.
Método
Dados transversais comportamentais e demográficos foram reunidos a partir de quatro centros terciários de referência para NF1 pediátrica na Austrália e Estados Unidos (N=122; 65 do sexo masculino, 57 do sexo feminino; média de idade [DP] 9a 2m [3a], variação 3–15a).
Resultados
Distribuições das pontuações do ERS‐2 e SMHS‐EP foram unimodais e ambos mostraram déficits, com maior proporção de pontuações severamente afetadas no ERS‐2 (16,4%) comparadas com o SMHS‐EP (8,2%). Correlações produto‐momento de Pearson revelaram que ambos os questionários foram altamente correlacionados entre si (r=–0,72, p<0,001) e com medidas de funcionamento social adaptativo (ambos p<0,001). Ambos os questionários se relacionaram significativamente com sintomas de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, mas apenas fracamente associados com a inteligência.
Interpretação
A ERS‐2 e a SMHS‐SP capturam a disfunção social associada com a NF1, sugerindo que ambos podem ser escolhas adequadas para avaliar desfechos sociais nesta população em um estudo clínico. No entanto, é necessário ter cuidado com relação à natureza da intervenção quando se seleciona um alvo primário.