Anti‐coagulação no manejo da trombose sinovenosa cerebral neonatal: uma revisão sistemática e metanálise
Objetivo
Determinar se a terapia anticoagulação (TAC) no tratamento da trombose sinovenosa cerebral (TSVC) neonatal melhora os resultados, na presença ou ausência de hemorragia intracerebral (HIC) pré‐existente.
Método
Buscamos bases de dados CENTRAL, MEDLINE, Embase, CINAHL, the Web of Science, e de estudos clínicos. Consideramos dados de estudos de coorte prospectivos e retrospectivos, séries de casos, e estudos randomizados controlados avaliando os resultados da TSVC tratada com anticoagulação ou sem anticoagulação. Os estudos foram incluídos se envolvessem lactentes ou crianças com menos de 28 dias de idade ou com menos de 44 semanas de idade pós‐menstrual no momento do diagnóstico de TSVC em que a TAC foi considerada.
Resultados
Sete estudos não randomizados foram incluídos na metanálise. A TAC não teve efeito significativo na mortalidade antes da alta, tanto na presença quanto na ausência de HIC, nem na inciência de extensão de HIC pré‐existente. A TAC se associou com risco reduzido de propagação do trombo (razão de risco 0.14, intervalo de confiança 95% 0.03–0.72).
Interpretação
Não há estudos randomizados avaliando a segurança e eficácia da TAC no tratamento da TSVC. Os resultados desta metanálise justificarima uma posição de cautela e suportam a necessidade de estudos randomizados controlados bem desenhados sobre a TAC nesta população.