A riqueza e abundância de organismos indutores de galha são diretamente proporcionais à complexidade estrutural da planta hospedeira. Essa hipótese ainda é controversa para ambientes florestais, como o manguezal. Avicennia germinans (L.) L. é uma das principais espécies arbóreas de mangue da região Neotropical e considerada uma espécie super‐hospedeira de insetos indutores de galha. Usando Modelos Mistos Lineares Generalizados (MMLG) baseados em 1000 ramos apicais de 50 árvores de A. germinans, nós examinamos a riqueza e abundância de morfotipos de galhas (MG), juntamente com os atributos estruturais de manguezais replantados de 5–9 anos de idade, na costa amazônica do Brasil. Um total of 7602 galhas, com média de 1,3 ± 0,4 galhas por folha, foi registrado. Dos 22 morfotipos registrados, 16 ocorreram em todos os sítios estudados. Dois morfotipos de galha (MG7 e MG4) foram mais abundantes, representando cerca de 40% do total. A complexidade da estrutura da planta, principalmente com base no número de folhas, afetou diretamente a abundância e riqueza desses organismos. Embora A. germinans seja uma planta super‐hospedeira, essa forma de parasitismo não afetou o seu desenvolvimento ou sua sobrevivência. A sua ampla distribuição, formação de florestas monoespecíficas e sua alta palatabilidade tornam A. germinans um recurso essencial para a sobrevivência da guilda de indutores de galha nos manguezais da região Neotropical.