Nós monitoramos 72 parcelas permanentes de 1‐ha distribuídas sistematicamente em 64 km2 de floresta de terra‐firme na Reserva Ducke (Manaus, Amazonas, Brazil), em um intervalo de dois anos, para acessar os efeitos de gradientes edáficos e topográficos na taxa de mudança da biomassa viva de árvores acima do solo (AGLB). A AGLB aumentou significativamente, em uma taxa média de 1.65 Mg/ha/ano (bootstrapped 95% IC: 1.15, 2.79), no intervalo de dois anos. A taxa de mudança da biomassa variou dependendo da classe de tamanho das árvores; árvores de sub‐bosque e sub‐dossel aparesentaram as maiores taxas de mudança. Durante o intervalo de monitoramento, a taxa de mudança da biomassa de árvores não foi relacionada com características edáficas e topográficas da parcela, mas evidências indicam que as relações variam dependendo do ano de monitoramento. Nas parcelas monitoradas entre os anos de 2001 e 2003 nós encontramos uma relação significativa entre a taxa de mudança da AGLB e o gradiente de textura do solo. Esta relação não foi encontrada para as parcelas monitoradas entre 2002 e 2004. Recomendamos que a variação temporal nas relações entre solo – biomassa e a distribuição diamétrica sejam incluídas nos modelos de mudança de biomassa arbórea para a Amazônia. As taxas de mudança da biomass foram sensíveis a escolha da equação utilizada para estimar a AGLB. Modelos alométricos que utilizam densidade da madeira estimam valores mais elevados de AGLB por parcela, no entanto, as taxas de mudança estimadas são menores, sugerindo que a composição florística tem importantes implicações no ciclo de carbono nas florestas tropicais.