This paper addresses the carbon isotope variations observed on Mesoproterozoic and Neoproterozoic carbonates from the southeastern part of the São Francisco craton and Araçuaí Belt, Brazil. Carbonates were collected across sections of the Mesoproterozoic Espinhaço Supergroup (Rio Pardo Grande Formation) and of the Neoproterozoic units of the São Francisco basin, including: (i) dolomites and marls of the Macaúbas Group (Domingas Formation); (ii) dolomite pebbles and carbonatic matrix of the diamictites of the Jequitaí Formation; (iii) limestones of the overlying Bambuí Group.Limestones of the Espinhaço Supergroup present a flat trend of positive δ 13 C PDB values (varying between +1 and +2‰), while samples of the Macaúbas Group present an upward trend of decreasing carbon isotopic values (from +0.7 to −4.0‰). The lower δ 13 C PDB values of this latter unit were obtained on the upper part of the section. Dolostone pebbles and carbonates in the matrix of the diamictite also present negative δ 13 C PDB values (−3.1 and −0.6‰). Except for carbonatic pelites placed above the diamictites, that present δ 13 C PDB of +7.7‰, limestone samples of all the sections of the Bambuí Group have δ 13 C PDB values above +8‰.The data presented here reveal significant differences between carbonates from the Espinhaço and Macaúbas Groups, indicating that this latter unit may be correlated with the diamictites from the Jequitaí Formation, as already suggested by previous stratigraphic studies.The data also reveal the absence of the low positive δ 13 C PDB carbonates (below +3‰) frequently present at the base of the Bambuí Group, thus suggesting that the deposition of this unit in the Serra do Cabral and Jequitaí areas took place after the regional positive δ 13 C PDB excursion observed in other parts of the basin. Hence, it is proposed that these areas were paleo-highs during the deposition of the lower portion of the Bambuí Group sediments.
Este trabalho apresenta novos dados de isótopos de carbono e oxigênio em carbonatos do Mesoproterozóico e do Neoproterozóico do Cráton do São Francisco e da Faixa Araçuaí, Brasil. A área em estudo inclui carbonatos mesoproterozóicos do Supergrupo Espinhaço (Formação Rio Pardo Grande), e rochas carbonáticas neoproterozóicas da Bacia do São Francisco: (i) metadolomitos e metamargas do Grupo Macaúbas; (ii) seixos carbonáticos e matriz dos diamictitos da Formação Jequitaí; e (iii) calcários do Grupo Bambuí posicionados sobre os diamicititos da Formação Jequitaí.Os carbonatos do Supergrupo Espinhaço apresentam valores de δ 13 C PDB positivos, variando em sua maior parte entre +1 e +2‰. Por outro lado, as amostras referentes ao Grupo Macaúbas apresentam valores de δ 13 C PDB variando entre −4.0 e +0.7‰, sendo que os valores mais negativos estão associados às rochas do topo da seção estudada. Os seixos carbonáticos do diamictito da Formação Jequitaí apresentam valores de δ 13 C PDB variando entre −2.1 e −0.6‰, enquanto a matriz possui valores mais baixos entre −3.1 e −2.1‰. Em contraste com os dados mencionados acima, os calcários do Grupo Bambuí, tanto da região de Jequitaí, quanto da Serra do Cabral, apresentam em sua maioria valores de δ 13 C PDB acima de +8‰. A exceção são pelitos carbonáticos amostrados diretamente sobre os diamictitos que apresentam valores de δ 13 C PDB próximos a +7.7‰.Os dados obtidos revelam uma diferença significativa na composição isotópica de carbono entre as rochas carbonáticas do Supergrupo Espinhaço e do Grupo Macaúbas. A ausência de calcários do Grupo Bambuí com valores de δ 13 C PDB inferiores a +3‰, nas regiões da Serra do Cabral e Jequitaí, sugere que os carbonatos desta unidade depositaram-se após a excursão positiva de δ 13 C PDB que ocorre na parte superior da Formação Sete Lagoas. Desta forma, é possível admitir que estas regiões comportaram-se como altos topográficos durante a deposição das rochas carbonáticas da parte inferior da Formação Sete Lagoas, base do Grupo Bambuí.