We describe a case of more than 5 h cardiac arrest in a 60-year-old patient who underwent general anesthesia for a urologic operation. Before extubation, the patient suddenly developed ventricular fibrillation, pulseless ventricular tachycardia and asystole which was immediately treated by advanced life support (ALS) measures. Thirty minutes later seizures developed and were controlled by 200 mg of thiopentone and 10 mg of diazepam. A pattern of ventricular tachycardia, coarse ventricular fibrillation and asystole lasted for nearly 120 min. Termination of resuscitation maneuvers was considered, but long-term life support was continued for 5 h. After this time, peripheral pulses, with a supraventricular tachycardia-like rhythm and regular spontaneous breathing reappeared. Seven hours later, the patient had a Glasgow Coma Scale (GCS) of 5, dilated unresponsive, absence of pupils, and a systolic arterial pressure of 100 mmHg. He was then transferred to intensive care unit (ICU). The morning after, the patient was awake, responded to simple orders, breathing spontaneously, and free from sensomotor deficit. He was, therefore, extubated. Subsequently, other episodes of transitory ST-line upper wave followed by ventricular fibrillation appeared, suggesting Prinzmetal angina. This was successfully treated by percutaneous coronary angioplasty. The first electroencephalogram recorded the day after cardiac arrest showed a mild widespread background slowing. An electroencephalogram 6 days later showed a return to alpha rhythm with only mild theta-wave abnormalities. Four weeks after the first cardiac arrest the patient was discharged. This is an exceptional experience compared with the others reported. We believe that all the efforts must not be given up when such an event occurs during anesthesia and there are optimal conditions for resuscitation maneuvers.
Descrevemos um caso de uma paragem cardaca de mais de 5 horas num doente de 60 anos que foi submetido a anestesia geral para uma intervencao cirurgica do foro urologico. O doente desenvolveu subitamente, antes da extubacao, uma fibrilhacao ventricular, uma taquicardia ventricular sem pulso e assistolia que foram rapidamente tratadas com medidas de suporte avancado de vida, 30 minutos depois surgiram convulsoes que foram controladas com 200 mg de tiopental e 10 mg de diazepam. Um padrao de taquicardia ventricular, fibrilhacao ventricular e assistolia persistiu durante cerca de 120 minutos. Foi considerada a interrupcao das manobras de reanimacao, mas as manobras de suporte avancado de vida prosseguiram durante 5 horas. Apos esse tempo, verificou-se o reaparecimento de pulso periferico, com um ritmo aparente de taquicardia supraventricular e ventilacao espontanea regular. Sete horas depois, o doente apresentava um nvel de consciencia=5 na Escala de Coma de Glasgow, midrase sem resposta a luz e uma pressao arterial sistolica de 100 mmHg. Foi entao transferido para a unidade de cuidados intensivos (UCI). Na manha seguinte o doente estava acordado, respondia a ordens simples, ventilava espontaneamente e nao apresentava defices sensorio-motores, pelo que foi extubado. Contudo, apareceram outros episodios de supradesnivelamento transitorio do segmento ST seguidos de fibrilhacao ventricular, sugerindo angina de Prinzmetal, que foram tratados com sucesso atraves de uma angioplastia coronaria percutanea. O primeiro electroencefalograma, realizado no dia apos a paragem, mostrou uma ligeira lentificacao da actividade de base. Um electroencefalograma realizado 6 dias depois mostrou um retorno para o ritmo alfa, com pequena quantidade de ondas teta. O doente teve alta quatro semanas depois da primeira paragem cardaca. Esta experiencia foi excepcional comparativamente a outras publicadas. Quando uma paragem cardaca ocorre durante a anestesia e existem boas condicoes para as manobras de reanimacao serem sucedidas, nao se deve desistir de manter todos os esforcos nesse sentido. (C) 2001 Elsevier Science Ireland Ltd. Todos os direitos reservados.